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sábado, 10 de dezembro de 2011

Plantas Medicinais - Romã

  


Romã (Punica granatum L.)


Também conhecido como romeira, granada, miligrã, romanzeiro e outros.


Os frutos são comestíveis.


A literatura farmacológica refere-se ao uso do pericarpo, que é a parte externa do fruto, para tratamento de inflamações na boca e na garganta e do liquido do arilo das sementes contra catarata, apenas com base na tradição.


Há muito tempo se conhece a atividade da casca do caule e da raiz desta planta contra vermes chatos (solitária), diarreia crônica e disenteria amebiana, cuja ação é justificada pela presença do alcaloide isopeletierina e seus análogos.


Externamente na forma de infusão em bochechos e gargarejos é usada também contra gengivites e faringites e, em banhos contra afecção vaginais e leucorreias.


A analises fitoquímica desta planta registra, além dos alcaloides, a presença de até 28% de taninos gálicos nas casca do caule e dos frutos e, em menor quantidade, nas folhas.


Nas sementes, foi registrado 7% de um óleo fixo, que entre seus ácidos graxos tá principalmente o ácido punícico


Os ensaios farmacológicos realizados com extrato do pericarpo mostraram: atividade contra as bactérias patogênicas;
-  inibição superior do crescimento de tumores experimentais;
-  enquanto os taninos isolados do pericarpo se mostraram ativos contra o virus HVS-2 do herpes genital;
-  inibindo sua replicação e bloqueando, em cultura de células, a sua adsorção nas células testadas.


Já o suco do fruto liofilizado deu bons resultados no tratamento da despigmentação da pele, na forma de creme. 


Mesmo considerando que a eficacia e segurança dessas preparações ainda não foram comprovadas através de ensaios clínicos, as propriedades químicas e farmacológicas descritas permitem recomendar várias preparações para os tratamentos caseiros para esta planta.


Para pequenos inflamações na boca e na garganta, pode-se mascar pequenos pedaços secos ou frescos da casca do fruto, como se fossem pastilhas ou usar o cozimento (decocto), preparado com uma colher de sopa dos pedacinhos da casca em água suficiente para uma xícara das médias, no forma de bochecho ou gargarejo ou em compressas.


Nos casos de herpes genital pode-se fazer lavagens e compressas no locais afetados com o mesmo tipo de cozimento.


Nas infestações por tênia deve-se usar o cozimento preparado com 40 a 60 g de pó da casca do tronco ou da raiz, com 100 a 200 cc de água, fervendo-se a mistura por 10 minutos, que deve ser coada ainda quente através de um pano fino.


Toma-se esta dose de 3-4 porções no espaço de uma hora e, uma hora depois da última dose, deve ser administrado um purgante de folhas de sena.


Quem não tolera o seu sabor muito amargo e adstringente (travoso) próprio da planta, pode juntar suco de limão ou xarope de gengibre ou de hortelã ao cozimento (decocto), o que melhora o seu sabor.


Esta mesma preparação pode ser usada para eliminar vermes de gatos e de cachorros, nas doses correspondentes de 5 g para gatos e 20 g para cães, administradas uma a duas vezes ao ano.


Entretanto, apesar da baixa toxidade do extrato alcoólico do fruto (DL50=280 mg/kg), seu uso por via oral deve ser feito com cautela, pois a ingestão dos alcalóides ou do extrato em quantidade equivalente a 80 g da planta ou mais, produz grave intoxicação que atinge o sistema nervoso central, provocando paralisação dos nervos motores e consequentemente morte por parada respiratória.


por este motivo, a administração oral como anti-helmíntico somente deve ser feita se os alcalóides estiverem sob a forma de tanato (resultante da combinação do ácido tânico com uma base), que não é absorvível pelo homem, mas continua ativo sobre os vermes chatos e por causa dessa ação tóxica se uso em criança com menos de 12 anos, só pode ser feita sob orientação medica.

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